O câncer alimentando-se de meu estômago
O querosene em minha garganta
As brasas que estranham minhas entranhas
Dói bem menos que o meu sonho
A pele expõe a carne ao fogo
Enquanto a unha continua encravada
A pedra que corta minha cara
Dói bem menos que a lembrança de meu corpo
A faca, a brasa, a arma
A pele, a carne, a unha
Uma só vida há sofrer...
A marca, a cara, a traça
A cerne, o enfarte, acunha
Uma só ferida, você!
Nenhum comentário:
Postar um comentário